Em nota sindicato denuncia ônibus sucateados em Camaçari



Nota de autoria do Sindttrans, por meio de sua coordenação de comunicação.



ÔNIBUS SUCATEADOS EM CAMAÇARI.

Mesmo tendo sido firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a Prefeitura, STT, cooperativas e empresa de ônibus, que evitou a licitação das linhas e entrada de concorrência no sistema, a população sofre a duras penas com o atraso de um ano no seu cumprimento. Linhas abarrotadas e com horários inconstantes, superlotação e veículos sem condição de uso e sem segurança para condutor e passageiros, falta de acessibilidade, são alguns dos cotidianos problemas inerentes à imobilidade urbana de Camaçari.



Nesta quinta feira (25), os agentes de fiscalização de transportes da STT de Camaçari, Correia e Mário Reis, ambos diretores do Sindttrans, procederam a abordagem em um veículo da COOASTAC, nº de ordem 1160, que faz linha para São Vicente/ UNEB para constatar se a manutenção do mesmo foi feita, pois havia sido retirado de linha no dia anterior e retornado para garagem para fixação das barras metálicas internas de apoio dos passageiros. A surpresa maior foi que além das barras estarem mais soltas ainda o veículo encontrava-se sem extintor e com disco de tacógrafo vencido ha dias, mas mesmo assim foi colocado em circulação pela cooperativa.


Além dos equipamentos de segurança, os agentes detectaram que o cinto de segurança do motorista estava amarrado à cadeira e que o veículo estava muito velho para seus sete anos de fabricação, além de extremamente sujo. As barras de segurança interna amarradas por corda de nylon e fita isolante, além de outros ‘armengues’.
Ao ser determinado o recolhimento do veículo ao pátio do Ciretran, dois diretores e o presidente da Cooperativa atrapalharam o serviço, impedindo que o motorista conduzisse o veículo ao pátio e ordenando que o carro fosse pra garagem deles alegando que abandonaria o carro em pleno ponto de ônibus. Após ameaça do presidente, que disse que iria atropelar os agentes caso os visse na rua, e após desacato, na frente dos passageiros no ponto, os agentes solicitaram apoio de uma guarnição policial que deu suporte no recolhimento do veículo até o pátio do Ciretran. Ao avistar a guarnição o presidente sumiu, esquivando-se de tomar um flagrante por ameaça e desacato. Mas apareceu no dia seguinte (sexta, 26) em uma radio da cidade e declarou que o seu veículo foi preso por causa de uma ‘bobagenzinha’. Traduzindo: extintor, tacógrafo, cinto de segurança do motorista, barras de segurança soltas, sujeira excessiva.

Já os agentes, se dirigiram à delegacia registrando mais uma ocorrência de ameaça feita pelo elemento, a qual desta vez será encaminhada ao Ministério Público além de proposta ação judicial, conforme orientação do setor jurídico do Sindttrans.